O QUE SÃO OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS?
Conforme nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, uma celebração sacramental é tecida de sinais e
de símbolos.
Segundo a pedagogia divina da salvação, o significado dos sinais e símbolos deita raízes na obra da
criação
e na cultura humana,
adquire precisão nos eventos da antiga aliança e se revela plenamente na pessoa e na obra de
Cristo (CIC, n.1145).
Isso significa reconhecer que Deus sempre fala ao homem por intermédio da criação visível.
A própria natureza se apresenta como vestígios da criação de Deus. A luz e a noite, o vento e o fogo, a água
e a terra, a árvore e os frutos falam de Deus,
simbolizam ao mesmo tempo a grandeza e a proximidade dele. (cf. CIC, n.1147).
Desde Pentecostes, é por meio dos sinais sacramentais de sua Igreja que o Espírito Santo realiza a santificação.
Os sacramentos da Igreja não abolem, antes purificam e integram toda a riqueza dos sinais e dos símbolos da natureza e
da vida social (cf. CIC, n.1152).
Vejamos alguns símbolos ligados à natureza presentes em nossa liturgia:
A ÁGUA – A água simboliza a vida (remete-nos, sobretudo, ao nosso batismo,
no qual renascemos para uma vida nova). Contudo, também pode simbolizar a morte
(enquanto por ela morremos para o pecado).
O FOGO – O fogo ora queima, ora aquece, ora brilha, ora purifica.
Está presente na liturgia da Vigília Pascal do Sábado Santo e nas incensações, como as brasas nos
turíbulos. O fogo pode multiplicar-se indefinidamente.
Daí, sua forte expressão simbólica. É símbolo sobretudo da ação do Espírito Santo.
A LUZ – A luz brilha, em oposição às trevas, e mesmo no plano natural é necessária à vida,
como a luz do sol. Ela mostra o caminho ao peregrino errante. A luz produz harmonia e projeta a paz.
Como o fogo, pode multiplicar-se indefinidamente.
Uma pequenina chama pode estender-se a um número infinito de chamas e destruir, assim, a mais espessa nuvem
de trevas.
É o símbolo mais expressivo do Cristo Vivo, como no Círio Pascal. A luz é, pois, a expressão mais viva da ressurreição.
O PÃO E O VINHO – Símbolos do alimento humano. Trigo moído e uva espremida,
sinais do sacrifício da natureza, em favor dos homens. Elementos tomados por Cristo
para significarem o seu próprio sacrifício redentor.
O INCENSO – Sua fumaça simboliza, pois, a oração dos santos,
que sobe qual aroma agradável a Deus, ora como louvor, ora como súplica.
O ÓLEO- Temos na liturgia os óleos dos Catecúmenos, do Crisma e dos Enfermos,
usados liturgicamente na celebração dos sacramentos. Trata-se do gesto litúrgico da unção.
A unção com o óleo atravessa toda a história do Antigo Testamento, na consagração de reis,
profetas e sacerdotes, e culmina no Novo Testamento, com a unção misteriosa de Cristo,
o verdadeiro Ungido de Deus. A palavra Cristo significa, pois, ungido. No caso, o Ungido,
por excelência.
AS CINZAS – As cinzas, principalmente na celebração da Quarta-Feira de Cinzas,
são para nós sinal de penitência, de humildade e de reconhecimento de nossa natureza mortal.
Mas estas mesmas cinzas estão intimamente ligadas ao Mistério Pascal.
Não nos esqueçamos de que elas são fruto das palmas do Domingo de Ramos do ano anterior,
geralmente queimadas na Quaresma, para o rito quaresmal das cinzas.
Ainda outros símbolos visuais integram o contexto de nossa celebração, estão inscritos
nas paredes e vitrais de nossos templos, dentre os quais podemos citar os
seguintes exemplos:
IHS – Iniciais das palavras latinas Iesus Hominum Salvator, que significam:
Jesus Salvador dos homens. Empregam-se sempre em paramentos litúrgicos,
em portas de sacrário e nas hóstias.
ALFA E ÔMEGA – Primeira e última letra do alfabeto grego.
No Cristianismo aplicam-se a Cristo, princípio e fim de todas as coisas.
TRIÂNGULO – Com seus três ângulos iguais (equilátero), o triângulo simboliza a Santíssima Trindade.
É um símbolo não muito conhecido pelo nosso povo.
INRI – São as iniciais das palavras latinas Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum, que querem dizer:
Jesus Nazareno Rei dos Judeus. A pedido de Pilatos tais palavras foram escritas
numa placa e colocadas sobre a cruz do Senhor (Cf. Jo 19,19).
XP – Estas letras, do alfabeto grego, correspondem em português a C e R. Unidas,
formam as iniciais da palavra CRISTÓS (Cristo). Esta significação simbólica é, porém,
ignorada por muitos.
O QUE SÃO OBJETOS LITÚRGICOS?
Ao conjunto dos objetos litúrgicos usados nas celebrações damos o nome ALFAIAS.
“Com especial zelo a Igreja cuidou que as sagradas alfaias servissem digna e belamente ao
decoro do culto, admitindo aquelas mudanças ou na matéria, ou na forma, ou na ornamentação
que o progresso da técnica da arte trouxe no decorrer dos tempos” (SC 122c). Portanto, templo,
altar, sacrário, imagens, livros litúrgicos, vestes e paramentos, e todos os objetos devem manifestar
a dignidade do culto, que, como expressão viva de fé, identifica-se com a natureza de Deus, a quem
o povo, congregado pelo Filho e na luz do Espírito Santo, adora “em espírito e verdade”.
VESTES LITÚRGICAS
LIVROS LITÚRGICOS
Também é importante conhecermos o nosso ESPAÇO CELEBRATIVO
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Símbolos e objetos litúrgicos
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